(Soneto em verso hendecassilábico)
A Marte não posso subir, nem descer,
Conforme o sentido se entenda, no espaço,
Mas posso ir sonhando, se a Marte aprouver
Desvendar mistérios não dando um só passo.
Em Marte irei estando, enquanto puder,
Descansando um pouco deste meu cansaço
Porque, sem ter escolha, me deixei prender
Até que me imponham soltar-me do laço
A que fiquei presa, perdendo-me em Marte,
Na Terra, na Lua… ah, por toda a parte
Perdida de abraços, vivendo enlaçada
Por amor à vida, toda feita de arte
Que não sei exprimir-te, nem posso explicar-te,
Conquanto me encontre nela bem explicada.
Maria João Brito de Sousa – 01.09.2017 – 17.21h
(Reservados os direitos de autor)